quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Pequeno Príncipe.

CATIVEM




Então a raposa apareceu.

-"Bom dia."-disse a raposa.

-"Bom dia."- respondeu educadamente o Pequeno Príncipe.

-"Quem és tu? És tão bonita de se olhar."

-"Eu sou uma raposa.", disse a raposa.

-"Vem brincar comigo.", propôs o Pequeno Príncipe.

-"Eu estou tão triste."

-"Não posso brincar contigo.", disse a raposa.

- "Eu não estou cativada."

- "O que significada isso – cativar?"

-"É uma coisa que as pessoas frequentemente negligenciam.", disse a raposa.

-"Significa criar laços."

-"Sim.", disse a raposa.

-"Para mim és apenas um menininho e eu não tenho necessidade de ti. E tu por sua vez, não tens nenhuma necessidade de mim. Para ti eu não sou nada mais do que uma raposa, mas se tu me cativares então nós precisaremos um do outro". A raposa olhou fixamente para o Pequeno Príncipe durante muito tempo e disse:

-"Por favor cativa-me."

-"O que eu devo fazer para te cativar?" perguntou o Pequeno Príncipe.

-"Deves ser muito paciente.", disse a raposa.

-"Primeiro vais sentar-te a uma pequena distância de mim e não vais dizer nada. Palavras são uma fonte de desentendimento. Mas sentar-te-ás um pouco mais perto de mim todos os dias."

No dia seguinte o Príncipezinho voltou.

-"Teria sido melhor voltares à mesma hora." disse a raposa.

-" Se tu vens por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais me sentirei feliz. Ás quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens por exemplo a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração...É preciso criar rituais."

Então o Pequeno Príncipe cativou a raposa.

Quando chegou a hora da partida dele:

-"Oh!" disse a raposa. -"Eu vou chorar".

-"A culpa é tua", disse o Pequeno Príncipe.

- "Tu mesma quiseste que eu te cativasse...".

-"Adeus.", disse o Pequeno Príncipe.

- "Adeus.", disse a raposa.

-"Agora vou contar-te um segredo: Nós só podemos ver perfeitamente com o coração; o que é essencial é invisível aos olhos. Os homens têm esquecido esta verdade. Mas tu não deve esquecê-la. Tu tornas-te eternamente responsável por tudo aquilo que cativas."

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Esse espírito natalino que eu procuro entender!

Para falar do Natal, não existem segredos, basta olhar para dentro de nós mesmos. No Natal, estamos propícios a amar mais, ter mais carinhos, ser mais solidários. É o que nos envolve, este Espírito Natalino. Mas vejamos o mundo num foco mais nítido - isso ocorre somente nesta época do ano. O nascimento de Jesus Cristo tem o poder de causar essa transformação em nós. Época em que surgem milhares de voluntários, pessoas fazendo seus donativos, pessoas se abraçando, trocando calor humano com seus entes queridos. Eu vejo muita gente se engrandecer diante desse espírito, mas eu somente tenho a perguntar: - Por que?

Porque essas coisas só ocorrem no mês de Dezembro? Será um mês sagrado? Será que é tão difícil sermos assim o ano inteiro? Todos os dias de nossas vidas, nós devemos amar uns aos outros, respeitar uns aos outros, sermos solidários. O mundo não funciona somente no Natal, as crianças não necessitam de carinho, apenas no Natal, os necessitados, não passam fome, não sentem frio apenas no Natal. Eu quero olhar o Mundo e poder ver isso todos os dias.

Se Deus me concedesse um desejo, desejaria que nascesse um Jesus Cristo todos os dias.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Realizações

Não há crescimento sem conflito e sem responsabilidade. E quanto maior for a visibilidade, maior também é a responsabilidade. A cada manhã, a cada dia ela só aumenta, mas não há que perder o sono, deixar de comer ou descuidar da saúde por causa disso. Portanto, não negligencio a responsabilidade de carregar a transformação do mundo ao meu redor. São tantos os caminhos para as mudanças e não são quaisquer caminhos, porque eu não sou uma profissional qualquer, logo, não faço nada de qualquer jeito. Aceitar isso é aceitar menos do que eu posso ser. Fazer as coisas de qualquer jeito é ser irresponsável na condução de um trabalho ou no desenvolvimento de uma atividade. Por isso minha capacidade individual, minha intensidade coletiva e minha flexibilidade de se adaptar às mutações da minha profissão. Nunca volto para casa como cheguei ao trabalho, assim como não acordo igual a como fui dormir. É um crime contra minha pessoa. Ser a mesma, não mudar é um crime. Sempre há algo novo a agregar na vida. Ainda que haja gente a minha volta que não consiga compreender a extensão de obter crescimento com responsabilidade para dar sentido a cada manhã e a cada dia da sua vida.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Tempo ao tempo....

Tem época na minha vida que parece que os encontros 'amorosos' são mais uma provocação do que uma oportunidade de se sentir satisfeita e feliz... Assim, vou contabilizando decepções e desacreditando na possibi-lidade de viver uma experiência positiva e motivadora.

Quando isso acontece, creio que o melhor seja parar. Uma pausa para aprender. Ou melhor, antes apreender. Perceber o que está acontecendo, quais são meus verdadeiros desejos e quais tem sido minhas atitudes para torná-los concretos.

Muitas vezes, fazendo uma análise mais justa e desapegada, sem assumir nenhum papel, nem o de vítima das armadilhas da vida, nem da sacanagem dos outros e nem a de culpada, como se tudo o que eu faço estivesse definitivamente errado, termino descobrindo que há alguma incoerência nisso tudo.

Só que para isso preciso de tempo... e principalmente de coragem para admitir limitações, assumir pensamentos negativos e confiar mais na sabedoria da vida e seu ritmo. O que acontece, no entanto, é que wu nao quero esperar, não quero refletir. Tenho apenas um único pensamento que alimento o tempo todo: quero namorar, quero ter alguém!!!

Será que estar com alguém é o mesmo que estar feliz? Pode ser que sim, mas pode ser que não... e se por qualquer motivo eu não tenho ficado com quem desejo, talvez seja o momento ideal para um intervalo, tão útil entre uma decepção e outra...

Tempo de se observar, de observar as pessoas e ouvir o que elas dizem. Tempo de aprender, crescer, ter uma nova conduta, desenvolver uma nova postura. Aguardar até que a vida me mostre qual é o melhor caminho a seguir... mas para ver, eu preciso estar atenta... sem tanta ansiedade, sem tanto desespero para tentar fazer com que as coisas aconteçam do jeito e na hora que eu quero...

E se nenhuma resposta vier, talvez signifique que eu precise ver e ouvir com o coração. Respeitar o silêncio. Aceitar a ausência de quem eu tanto desejo encontrar... Talvez não haja uma resposta e nem haja uma expli-cação.

Às vezes, simplesmente não existem respostas nem explicação. Apenas a vida. Apenas as pessoas. Apenas o mundo. Apenas a dor e o amor. Apenas...

E se eu insisto em não aceitar, em brigar, em me rebelar, em me revoltar... consigo tão somente mais dor... e menos amor. Estou aceitando que eu nao tenho o controle, que eu não posso decidir sozinha, que o universo tem seu próprio ritmo. Fazendo o que está ao meu alcance; fazendo a minha parte... e bem feita; da melhor maneira que eu posso...

E o queeu não puder, entreguo e espero... porque embora diga sabiamente a música "quem sabe faz a hora, não espera acontecer", tem ocasiões nesta vida em que quem sabe espera acontecer e respeita a hora de não fazer... até que um dia, o amor de repente acontece... porque seu coração estava exatamente onde deveria estar para ser encontrado!

Agora me sinto livre...


A maior prisão que podemos ter na vida é aquela quando a gente descobre que estamos sendo não aquilo que somos, mas o que o outro gostaria que fôssemos.
Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fosse, é que a gente tá muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos.
Durante muito tempo eu fiquei preocupada com o que os outros ou o outro achavam ao meu respeito. Mas hoje, o que os outros acham de mim muito pouco me importa [a não ser que sejam pessoas que me amam].

domingo, 13 de dezembro de 2009

Meus sentimentos

Somos donos de nossos atos,
mas não donos de nossos sentimentos;
Somos culpados pelo que fazemos,
mas não somos culpados pelo que sentimos;
Podemos prometer atos,
mas não podemos prometer sentimentos...
Atos são pássaros engaiolados,
sentimentos são pássaros em vôo.
Mário Quintana